terça-feira, 26 de março de 2013

Analisando o Verbo Boleiro

por Jonathas Rodrigues 

A temporada começa e ressurge junto à ela uma fase boa do Cruzeiro, há tempos não vista e vivida pelos torcedores do time. Jogadores novos, situação financeira estabilizada, casa nova - Finalmente voltamos pro Mineirão - faturamento positivo com o contrato feito com a administradora do estádio, o time se acertando em campo. Tudo muito bom. 


      Algo que tem me chamado a atenção, no entanto, foi uma declaração do meia Éverton Ribeiro num programa de rádio, onde ele fez a seguinte afirmação:

Tive proposta do Santos também. Mas o Cruzeiro estava montando um bom time. A camisa do Cruzeiro é muito grande.

      É uma bela afirmação, concordo. Mas é isso que me incomoda, pois, todos nós sabemos que é comum em declarações de jogadores, eles tentarem sempre agradar o clube e, principalmente, a torcida, com elogios dos mais simples até os mais desnecessários.

     Desnecessária, é essa a palavra certa pra definir  a supracitada opinião do Éverton quando indagado por ter optado pelo time Azul. Convenhamos que nada do que ele disse está errado. Ainda assim, creio que já passou da hora dos jogadores atuais perceberem que fazer esse Lobby com a torcida não os dão garantia de que sempre terão apoio dos torcedores. Nem sempre o atleta está numa fase boa, aí a torcida reclama, começa, em certos (Welingtons Paulistas) casos, pressionar, gerando assim uma relação conturbada. É aí que o profissional se perde, pois não sabendo lidar com a pressão sofrida, começa usar o mesmo meio que, outrora teceu elogios, agora pra fazer críticas e reclamar de estar sendo "perseguido".
     Nós, torcedores apaixonados, não precisamos de nenhum jogador para elogiar o CRUZEIRO com palavras e declarações clichês, precisamos de jogadores que entrem em campo e mostrem essa "satisfação" de estar no elenco do Cruzeiro mostrando raça, determinação, objetivo e amor, não ao clube, à profissão.
     Talvez assim, quem sabe, o futebol volte a encantar como um dia encantou. Mas quando encantou, havia jogadores que eram, acima de tudo, HOMENS. Homens que gostavam daquilo que faziam (NÃO PELO DINHEIRO), mas sim por satisfação, por honra, por hombridade!

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